quinta-feira, 27 de maio de 2010

DISCURSO 25/05/2010

Cumprimento os nobres colegas edis, a imprensa e o público aqui presente.


Na praça Carlos Gomes, perto do meu gabinete está um caos: cano estourado vazando água, rua afundada na entrada do Mercado Municipal. Estão desfazendo a praça da Estação: para que mexer numa obra que já está pronta, como foi feito no canteiro da 8 de dezembro??? Aliás, é passeio sendo diminuído, é passeio sendo aumentado. Na minha opinião e, na de muita gente, deveriam conservar o que já está pronto, pois foi gasto verba pública. Os embelezamentos deveriam ser feitos quando as obras essenciais, como saneamento básico, estivessem prontas.
Na verdade o que precisa é que a Câmara faça reuniões nos bairros, juntamente com os secretários municipais, para levantar a real necessidade básica e premente do povo e da cidade.
Abordando o assunto da greve dos professores estaduais, quero dizer que, nesse final de semana, estive em uma reunião no SINPRO/MG, EM Belo Horizonte. Esse sindicato está solidário à greve dos professores da rede estadual de ensino e pude perceber a profunda indignação de todos com o posicionamento do governo do Estado de Minas Gerais.
Essa luta é legítima e histórica. Nosso país, para alcançar um alto grau de desenvolvimento semelhante aos países de 1° mundo, precisa saldar essa dívida com os professores.
Minas Gerais sempre se posicionou, em relação aos outros estados do Brasil, como um dos melhores, senão o 1°, em educação pública. E isso se deve ao trabalho e ao comprometimento dos educadores mineiros que não são devidamente valorizados. Hoje, um professor PEB4 – nível de pós-graduação – tem um piso salarial de R$610,00. Uma vergonha!
Educação não é balcão de negócio. Não se mede a educação pelos gastos. Pagamos os impostos para termos um serviço público de qualidade.
O que se pede é o justo: o piso salarial nacional determinado pela União que é de R$1.024,00.
O Tribunal de Justiça considerou a greve ilegal, diz que coloca em risco a qualidade. O que o Tribunal entende por qualidade de ensino? Será que já visitou uma escola pública ou teve filhos e parentes estudando nestas instituições?
A grande maioria pobre e injustiçada que nelas estudam, sabem e conhecem a dura realidade: escolas mal conservadas, sem material adequado, superlotadas e seus professores triste, empobrecidos e humilhados.
Nas manifestações em Belo Horizonte, a PM tentou de todas as maneiras e de formas arbitrárias impedir o movimento.
Isto mostra como o governo do Estado trata os professores.
Os professores estão na luta porque amam a profissão, a escolheram e acreditam na necessidade de seu ofício e de sua importância para o futuro e o presente da nação. Professor não é sacerdote, é profissional da educação e exige ser tratado com dignidade.
Segundo o presidente do SINPRO/MG, Gilson Reis:
“O mais impressionante desta situação é que o atual governador de Minas tem o orgulho de ser chamado de Professor Anastasia. Como pode uma pessoa que se diz professor, tratar seus colegas de profissão e a educação desta forma?
Para finalizar, proponho duas medidas:
1 – Realizar uma campanha publica para retirar o titulo de professor do atual ocupante do palácio da Liberdade.
2 – Derrotar nas eleições de outubro próximo o Governador Anastasia, dando-lhe a chance de retornar à uma escola publica de periferia, para que possa se reeducar e aprender a respeitar e valorizar os trabalhadores em educação.”
(www.vermelho.org.br/coluna.php?id_coluna_texto)

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