Venho por meio dessa carta, manifestar contra o que foi falado na manhã do dia 15 de março de 2011, por volta das 9H30, num programa da Rádio Ecológica realizado pelo radialista Valdir Gomes. O assunto trata da agressão física e verbal que sofri ontem juntamente com outros estudantes, na reunião ordinária da Câmara de Vereadores. Tendo eu no plenário protestado contra a postura autoritária do Presidente da Câmara, Mauro da Presidente, que cerceou o direito de fala da Vereadora Vera, fui surpreendido por uma mulher apoiadora do presidente da câmara, que, discordando do protesto, veio a me atingir com bolsadas, cadeiradas e tentativa de tapa no rosto. Tais episódios foram filmados pelo Instituto Apoiar e se encontra no youtube ou pelo endereço: http://ptsaojoao.blogspot.com/2011/03/estudante-agredido-na-camara-de.html. Em razão dos acontecimentos, foi realizado por mim um Boletim de Ocorrência. Logo em seguida, a assessoria jurídica da Câmara registrou um BO contra a minha pessoa. Evidentemente estou tranqüilo e não tenho nada a temer, porque nunca promovi tumulto na câmara e muito menos agressão física. Apenas faço protestos pacíficos e sem ofensas pessoais, e nunca inviabilizei nenhuma reunião na Câmara.
Em virtude desse incidente lamentável, o fato foi noticiado pelo Valdir Gomes em seu programa de rádio. Num dos comentários do radialista, foi dito que a reunião da Câmara não pode ter participação popular. Disse que tendo o povo eleito seus representantes do legislativo, resta aceitar o que eles decidirem. Defendeu ainda, que o cidadão pode até ir assistir à sessão da câmara, mas não pode manifestar suas divergências no plenário. Dessa forma, dá a entender, que na chamada casa do povo (Câmara de Vereadores), o povo não pode mesmo ter voz ativa. Tem que aceitar tudo de boca calada. Quanto aos puxa-sacos que promovem agressões de toda ordem na câmara, o radialista não os criticou.
É bom ressaltar ainda, que as agressões cometidas pela Senhora citada, não feriu somente a minha pessoa, mas feriu principalmente o direito de liberdade de protesto de outros estudantes e outras pessoas que acompanhavam a reunião.
O que tenho feito na câmara como cidadão, nada mais é do que, de vez em quando, expressar a minha discordância contra aqueles vereadores que não aprovam projetos de transparência pública, ou que aprovam projetos não prioritários para o município. O que se vê predominantemente na câmara, com exceção de algumas vereadoras, é um “puxa-saquismo” do prefeito o tempo todo e nada de fiscalização. Para se ter uma idéia, há alguns meses, foi aprovado um empréstimo de mais de 4 milhões de reais para a construção de uma ponte e asfaltamento de ruas, valorizando imóvel de políticos, enquanto as periferias da cidade se agonizam no esgoto a céu aberto aonde crianças brincam. Por fim, recentemente, o prefeito concedeu 15 anos de concessão, prorrogáveis por mais 15 anos, de transporte público ao monopólio da empresa Presidente. Vamos ter que suportar dessa empresa serviços precários, caros por muito tempo.
Por essas e outras razões, é que protesto e não tenho medo da mídia comprada, do poder político e financeiro dos oportunistas políticos, que se utilizam do cargo público em beneficio próprio e para oprimir. Nunca vou me calar, Valdir Gomes. As palavras desse panfleto, vão circular pela cidade inteira e pela internet por muito tempo.
Petterson Ávila Corrêa
Estudante Universitário
16 de março de 2011.
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